terça-feira, 18 de setembro de 2007

Rocky VI – o final honroso de um lutador


Silvester Stallone está para Rocky Balboa como Romeu está para Julieta. Não vejo nos outros papéis um Stallone com tamanha destreza de fazer um personagem tão carismático e até meio pastelão, que consegue se transformar num lutador de garra e persistência.
Esta persistência veio trazer para as telas o Rocky VI, esta sexta seqüência de uma história que vem ao longo de 30 anos colocando os fãs como se fossem um membro da família Balboa. Stallone precisava mesmo disso, soltar a mágoa que estava desde as últimas filmagens, aquela vontade de chegar e mostrar quem foi o Rocky e quem é o Silvester.

O filme começa como o primeiro da série, as cenas começam a ficar melodramáticas e acaba levando o espectador a uma meditação de sua vida, seu passado, seus amigos, isso faz com que a atenção se prenda cada vez mais á tela.
Rocky tenta resolver o relacionamento com seu filho, com seu estabelecimento, com seus parentes e por fim consigo mesmo.
E aí que o outro filme começa, com um Rocky lutador na vida que tem que ser julgado por uma comissão trabalhista. Que tem que resolver se o lutador ainda pode exercer a profissão que o levou a ser o melhor do mundo. Cheio de burocracias o filme acaba passando por todos flashbacks da vida do lutador, você consegue suprir tudo o que Stallone quer passar para seu público e consegue rir e se emocionar com ele.

Para todos efeitos, Rocky foi e continua sendo o Garanhão Italiano, é claro que com mais idade e menos agilidade, mas o filme é um prato cheio de vida para quem gosta de relembrar o passado como eu.

Entrar, relembrar e não sair, nunca!

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